ZUNÁI - Revista de poesia & debates

APRESENTAÇÃO

 

Marcelino Freire

 

 

            Aqui não estão os onze melhores.


            Resolvi, assim, relaxar. Fazer diferente, minha gente.


            Foram contos e textos que foram picando, chegando. Ou pessoalmente ou via e-mail. Alguns, eu pedi.


            Não, não estou tirando o meu da reta. Estou colocando.


            Querendo abrir mais o leque.


            Serelepe.


            Escolhi onze. Poderia ter escolhido cento e onze. O tanto de talento que me aparece. Outros, até do além.


            Resolvi relaxar.


            Apostar (repousar) nestes daqui.


            Não sou o dono da cocada. Deixem que os textos falem por si. E aí a gente toma uma cerveja depois para discutir.


            A produção.


            São eles, então, sem ordem alfabética, ora essa:
             

            Hugo Guimarães: conheci numa noite, em mesa de debate gay. O cabelo dele era de fogo. Nasceu em Guarulhos e já tem um livro de poemas publicado. Acho-o da linhagem do Glauco Mattoso. Safado!


            Artur Rogério: é lá de Pernambuco. Tem nove livros engavetados e inéditos. Agita o Recife em eventos literários que ajudou a criar, como a FreePorto. Esse cara é o diabo. Precisamos dele.


            Beatriz Grimaldi: fez oficina literária comigo e acho que a ajudei pouco. Fez um livro redondinho, de contos, o A Princesa e Seus Ossos. Gosto de quem termina algo. E faz circular. Estou de olho.

 

            Maitan: um dia, esse garoto de vinte anos apareceu no SESC Pinheiros e disse que me amava. Eu acreditei. Publicou por conta própria o volume de contos Lixeira, que vive vendendo pelas praças. Comprei. E comprem.

 

            Bruno Piffardini: nasceu em São Paulo e agora mora no Recife. Também agita o pedaço. Mandou um fragmento. De pensamento. Um fio de cabelo, creio.

 

            Jorge Ribeiro: mestre, mestre, mestre. Preciso dizer mais? É professor de Português em São Paulo e vai arrebentar com a nossa língua. Em breve.

 

            Rodrigo Barata: lá de Belém do Pará. É professor idem e está com um livro (ainda sem editora) limpo e porreta, Os Desnecessários. Gosto da voz, da ginga. Do humor e da poesia. E pronto.

 

            Marcelo Cajuí: eu encontro sempre com ele na Mercearia São Pedro, onde bebo. Bêbado, prometi ler o seu livro inédito. De onde foi extraído o mistério que ora se vê, aqui, publicado.

 

            Maria Ribeiro: uma força paulistana da natureza. E me perdoem o lugar-comum. Maria é incomum. Tem uma prosa luminosa. Está chegando. Devagar. Esse trânsito...

 

            Vera Helena Rossi: salvo engano, nunca vi pintada. Mandou um e-mail para mim pedindo para ser publicada nesse Especial. Li, gostei do jeito. E foda-se.

 

            Emília Barbès: essa, parece heterônimo de algum prosador. Mas creio que não seja. Não sei onde nasceu, de que vive. Chegou-me via e-mail idem. E tem palavra. E alma, assim, curiosa.

 

            É isto. E não mais me demorarei.


            Cansei.


            Acho que deve ser o resfriado que vem vindo.


            O primeiro que me oferecer uma Aspirina eu tomo.


            Estamos juntos, queridos. Abraços agradecidos. E vamos que vamos.


            Fui,

 

*

 

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