TEMA
POÉTICO DA LUZ EM RIMBAUD(1)
Diálogos com a poesia finissecular
(...) tanto a tendência
característica dos simbolistas de sugerir mais
do que dizer claramente, como seu culto do ponto de vista
pessoal e único, são sintomáticos
do grau em que estavam desligados dos semelhantes, confinados
às suas imaginações privativas. Outro
herói e pioneiro do Simbolismo, contudo, iria lutar
contra o mundo e sobreviver - embora sobrevivesse como
outra coisa que não um poeta; e sua carreira revela
toda a situação, num dramático jorro
de luz. (Edmund Wilson, Axel e Rimbaud, in O castelo de
Axel) |
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AS ILUMINAÇÕES
Um dos livros que marcam de maneira mais contundente a modernidade
são as Iluminações, de Arthur Rimbaud.
Dentre os poemas que o constituem, estão alguns que
representam, de maneira paradigmática, a tempestade
de desafogo e de fantasia que, segundo Hugo Friedrich, desarticulará
o formalismo ainda fortemente presente na poesia do final
do século XIX. Tal processo indicia uma mudança
de perspectiva com relação aos modos de representação
lírica da realidade, evidenciando que a linguagem não
é uma simples repetição mimética
do real visível.
Para isso, uma das técnicas
mais utilizadas por Rimbaud, nesta obra, é a da fusão
de imagens - num processo ao mesmo tempo metafórico
e metonímico. O poema Marinha é um bom exemplo
dela. Eis a sua tradução do original francês:
Marinha
Carros de prata e
cobre -
Proas de aço e prata -
Golpeiam a espuma, -
Erguem touceiras de sarças.
As correntes da charneca,
E os sulcos imensos do refluxo,
Correm circularmente para o leste,
Para os pilares da floresta,
Para os fustes do dique,
Cujo ângulo é batido por turbilhões
de luz.(2)
Nele o poeta provoca o estranhamento entre o título
e a imagem inicial, pois em lugar de barcos o que aparece
primeiro são os "Carros de prata e cobre"
que, no entanto, também vão sendo novamente
confundidos com a metonímia de navios, "proas
de aço e prata", tornando assim o texto a união
metafórica e tensiva de imagens opostas: barcos são
carros. Essa fusão de imagens terrestres e marinhas
do carro e do navio - pois ambos "Golpeiam a espuma"
- gera então o obscurecimento da realidade visual e
do sentido propostos pelo texto. Dessa maneira, sem abandonar
os elementos naturais, a obra de Rimbaud estabelece, segundo
Antonio Candido, a tensão "entre mostrar e esconder
o mundo visível".
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(1) Este
trabalho fez parte do projeto Poesia e visualidade, que
vem sendo desenvolvido na Universidade Federal Fluminense,
com o apoio do PIBIC/CNPq e sob a orientação
da prof.a Dra. Celia Pedrosa.
(2) "Marine":
"Les chars d'argent et de cuivre - / Les proues d'acier
et d'argent - / Battent l'écume, - / Soulèvent
les souches des ronces. / Les courants de la lande, / Et
les ornières immenses du reflux, / Filent circulairement
vers l'est, / Vers les piliers de la forêt, - / Vers
les fûts de la jetée, / Dont l'angle est heurté
par des tourbillons de lumière." (Grifos meus.)
Tradução de Dora Ferreira da Silva, in Hugo
Friedrich, Estrutura da lírica moderna, 2a ed., S.
Paulo, Duas Cidades, 1991, p. 85.
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Esse mecanismo rimbaudiano
de construção da paisagem afasta-se assim da
visão contemplativa e bucólica da natureza,
tanto da floresta quanto do mar. Neste sentido, a configuração
de um olhar em movimento tem aí importante papel na
renovação da experiência lírica
de ver a realidade. Não é à toa que o
mote de construção do poema é a superposição
de imagens concentradas no próprio movimento de veículos,
de diferentes meios, impelidos em direção à
luz. Esta, ao invés de símbolo de completude
e estaticidade, aparece associada à imagem do turbilhão,
correspondendo à tentativa de fixação
do mais intenso movimento em uma única palavra.
Em "Alquimia do verbo",
de Uma temporada no inferno, Rimbaud afirma "Eu escrevia
silêncios, (...). Fixava vertigens", confirmando
seu método de fixação do movimento vertiginoso
como um instante de iluminação. A relação
entre a fixação plástica do movimento
descontrolado e a configuração da monstruosidade
bela das iluminações pode ser percebida também
nos versos do poema "Movimento": "Vê-se,
rolando como um dique além do caminho hidráulico-motriz,/
Monstruoso, iluminando-se sem fim". Além disso,
essa relação entre luz e movimento convoca a
imbricação dos conceitos de ver e tocar, desestabilizando
assim a acepção imaterial, e por isso afastada
do humano, que a idéia de luz possui na cultura ocidental.
Em "Marinha", por exemplo, os fluxos e refluxos
do movimento interrompidos pelas árvores e represados
pelo dique são capazes de transformar a plasticidade
imaterial da luz na agressividade tátil do turbilhão.
Paradoxalmente, portanto, a metáfora da luz em movimento,
turbilhonado, não só indicaria um efeito contrário
de obscuridade visual e conseqüentemente interpretativa,
mas também de clímax convulsionado em lugar
de constituir qualquer espécie de conclusão
reveladora e tranqüila, ou de transcendência metafísica.
Por isso mesmo, as Iluminações
podem ser caracterizadas como o signo de uma ruptura na relação
de identificação entre autor e leitor no século
XIX. E, por conseguinte, um dos pontos altos de uma estética
da desreferencialidade da lírica moderna, que começa
a se esboçar a partir de Baudelaire. Está colocado
aí, portanto, um grande paradoxo: a linguagem moderna
é marcada por "turbilhões de luz",
presentes não só como imagem mas também
como signo de complexificação da própria
modernidade. Esta, que é caracterizada por Marshall
Berman como um "turbilhão de permanente desintegração
e mudanças, de luta e contradição, de
ambigüidade e angústia", deve ser compreendida
como um movimento dialético de desestabilização
de certezas - não à toa Berman recupera e valoriza
a frase de Marx "Tudo o que é sólido desmancha
no ar". Sendo assim, a idéia de turbilhão
é fundamental para se compreender como a modernidade
questiona a idéia imobilizante da luz, revelando assim
suas próprias contradições.
Mesmo sendo a priori definida
como período de hegemonia do pensamento iluminista,
a modernidade possui vertentes de contestação
à ordem racionalista. Estas vertentes podem ser identificadas,
por exemplo, na poesia finissecular, que ao mesmo tempo que
valoriza a imersão do sujeito nas sombras da atmosfera
onírica do sonho e do devaneio, por vezes até
satânico, continua a lançar mão da idéia
de iluminação, tradicionalmente vinculada às
de Clareza e Razão, mas fazendo um novo aproveitamento
dela. Na modernidade, a luz pode se tornar índice de
multiplicidade e ambigüidade, bem distante do ideal unívoco
de Beleza associado por Platão às idéias
de Luz e Verdade, das quais a mimese artística estaria
duas vezes afastada, segundo o filósofo(3). Essa mudança
pode ser percebida, por exemplo, no impressionismo, cuja técnica
de pintar a mesma paisagem em momentos distintos do dia desvela
as diversidades de impressões que a incidência
da luz sobre os objetos pode criar no sujeito. Ou seja, o
século XIX, tanto na pintura quanto na poesia, desconstrói
a noção de luz enquanto fonte de visão
e verdade unívocas.
O poema de Rimbaud, então,
paradigmático desse processo de questionamento da modernidade,
nos permite rever as noções de luminosidade
e visibilidade, já que, nele, a luz é menos
o que nos faz enxergar o real visível - que o esforço
do artista deveria tentar imitar, segundo a concepção
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(3) Atentamos,
contudo, para o fato de que essa estagnação
totalizante, defendida pela visão racionalista ortodoxa,
que separa os paradigmas de sujeito "vidente"
e visível, de claro/escuro e de (in-)visibilidade,
em Platão, deveria ser melhor discutida desde o famoso
"mito da caverna", d'A República, já
que ali estão imbricadas as noções
de luz (fogo) e sombra na configuração mítica
do espaço do vísivel (mundo das aparências).
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mimética - e mais
o que, na verdade, tornaria obscura e oblíqua a interpretação
do texto. Ela é, pois, elemento de desintegração
da linguagem. Não à toa, esse poema foi, na
França, o fundador da estética do verso livre
- marco da desarticulação do formalismo oitocentista.
Toda a sua forma de composição é signo
de ambigüidade e de polimorfia. Pois, nele, misturam-se
categorias opostas, unindo-se luminoso e obscuro, liberdade
métrica e grotesco numa linguagem que, em vez de comunicar
com "clareza", agora sem os entraves da metrificação,
busca o estranhamento e a desreferencialidade, como se o excesso
de luminosidade fora o responsável por borrar todos
os contornos do visível, da mesma forma que a luz muita
intensa também é capaz de cegar.
Essa tensão entre
o visível e o invisível seria, na verdade, fundamental
para se compreender o próprio ato de ver, já
que toda visão é formada a partir do ponto de
vista de um sujeito, pressupondo que aquilo que é visto
esconde o que não o é, e que pode ser observado
de uma outra perspectiva. Essa é a lição
da fenomenologia de Merleau-Ponty, para a qual o conhecimento
do mundo só pode se dar através da relação
entre sujeito e objeto - destronados da sua condição
de "pré-existentes" (4).
Essa dicotomia entre objetividade
e subjetividade pode ser atestada através da oposição
entre a poesia preocupada com a investigação
do real visível e a que se dedica à perscrutação
da intimidade. E sabe-se que tal antinomia - realismo e subjetivismo
- se constituiu em critério crítico de divisão
das épocas literárias. No entanto, como aprendemos
com Merleau-Ponty, tal separação totalizante
tenta na verdade esconder a tensão que integra toda
forma de visão. Sendo assim, o olhar da lírica
sobre a própria subjetividade só pode torná-la
ponto de confluência entre o visível e o invisível,
o mundo real e o subjetivo. Por isso mesmo, em Rimbaud, e
na poesia moderna em geral - marcada pela impossibilidade
de tanto um quanto outro funcionarem como uma válvula
controladora ou fonte apriorística para a poesia -,
encontramos, ao mesmo tempo, o movimento de fragmentação
da subjetividade e, por conseguinte, de configuração
de uma perspectiva desarticuladora do real.
A corrosão da linguagem
e da subjetividade poética que caracteriza o turbilhão
da modernidade pode ser percebida através da reversibilidade
do ver e do ser visto na poesia e nas artes em geral(5). O
sujeito agora se monstra explicitamente fragmentado, habitando
um lugar de incertezas, já que ganha plena consciência
de que não domina o foco da visão sobre o real
- de que não pode domar a infinitude das coisas...
Por isso a experiência do sujeito moderno passa pelo
desconforto de se sentir também objeto da coisa vista.
Em Rimbaud, mais uma vez, a luz exerce um papel decisivo nessa
reversibilidade das noções de sujeito e objeto,
de ver e de ser visto. Como se já não bastasse
a sua clássica afirmação, em Carta do
vidente, "Je est un autre!" ("Eu é um
outro!"), Rimbaud também escreve "Nácar
vê", que significaria tudo o que brilha vê.
Segundo Gaston Bachelard, esse seria um dos maiores teoremas
da imaginação do mundo da luz, por conter em
si a presença do olhar alheio. Com outras palavras,
isso poderia indicar que a luz de uma lâmpada, por exemplo,
vela, e também vigia. Em outros poetas, também
se desvela esse movimento de tranformação do
que olha em o que é olhado. No poema "Emparedado",
de Christiane Barucoa, poeta também citada por Bachelard,
lemos, por exemplo: "Uma lâmpada acesa atrás
da janela/ Vela no coração secreto da noite".
A luz aí é, portanto, um indício do olhar
do outro que habita a casa. No poema "Vigílias",
Rimbaud consegue ainda fazer uma relação entre
a lâmpada e o mar como se fundisse a imagem do barco
e do seu interior à vastidão do oceano. "As
lâmpadas (...) da vigília", afirma, "fazem
o barulho das vagas, à noite, ao longo do casco do
navio e em torno da terceira classe".
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(4) Através
do tempo, o sentido da visão foi tomado como o valor
de verdade absoluta, o que explicaria o lugar central do
ver para quase todos os pensadores que teorizaram sobre
o conhecimento humano. Marilena Chauí, no ensaio
"Janela da alma, espelho do mundo", mostra como,
na filosofia, a idéia de ver se vincula à
de conhecer, o que caracteriza a fé perceptiva como
tributária da fé racionalista, tendência
que imobiliza o olhar como um ponto de distanciamento entre
o sujeito e o objeto, desconsiderando o seu duplo valor
- de possuir um papel, ao mesmo tempo, passivo e ativo na
constituição das imagens. E tudo isso representa
uma desconsideração ainda mais importante,
que é a da lacuna entre sujeito e objeto ou, de outro
modo, do abismamento do Ser no mundo, e vice-versa.
(5) O dinamismo
do ver e do ser visto foi compreendido, por Lacan, como
uma forma de a arte representar a pulsão escópica
que caracteriza, segundo ele, a própria formação
do indivíduo.
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COM ÓCULOS RIMBAUD
Reunindo tantas questões
pertinentes ao debate sobre a modernidade, a obra rimbaudiana
repercutiu na poesia brasileira de tal maneira que Mário
de Andrade chega a fazer a seguinte afirmação
em A escrava que não é Isaura: "Não
imitamos Rimbaud. Nós desenvolvemos Rimbaud. ESTUDAMOS
A LIÇÃO RIMBAUD". Com essa afirmação,
Mário inaugura o nosso modernismo com uma referência
explícita ao poeta francês, deixando contudo
patente a característica antropofágica desse
movimento preocupado em reformular numa nova e instigante
perspectiva a herança - influência inevitável
- da tradição literária européia.
Esse diálogo pode
ser confirmado através da poesia andradina, na qual
o tema poético da luz também possui um papel
capital como metáfora que subverte as concepções
tradicionais de claro e obscuro, problematizando de uma só
vez a composição da imagem e a configuração
da subjetividade. Isso pode ser percebido nos poemas "Paisagem
no 3" ("De repente / um raio de sol arisco / risca
o chuvisco ao meio."), "Seis horas lá em
São Bento..." ("Estilhaço me fere
nos olhos o sangue da aurora"), "Noturno de Belo
Horizonte" ("Maravilha de milhares de brilhos vidrilhos,
/ Calma do noturno de Belo Horizonte.../ (...) / Enormes coágulos
de sombra. / (...) / Alegria da noite de Belo Horizonte!"),
"Poemas da negra" ("É a escureza suave,
/ Que vem de você, / Que se dissolve em mim. / (...)
/ E nós partimos adorados / nos turbilhões da
estrela Vênus!..."), "Louvação
da tarde" ("Tarde incomensurável, tarde vasta,
/ Filha de Sol já velho, filha doente"), "Manhã"
("As sombras se agarravam no folhedo das árvores
/ Talqualmente preguiças pesadas. / O sol sentava nos
bancos tomando banho-de-luz.") e "A meditação
do Tietê" ("De repente / O óleo das
águas recolhe em cheio luzes trêmulas, / É
um susto. E num momento o rio / Esplende em luzes inumeráveis").
Desenvolver aí
significa então modificar. Mário por isso traduz
toda a problemática da modernidade em belas imagens
que se remetem à paisagem brasileira. Nelas se estabelece
a tensão entre as figuras de alegria, calma, suavidade
e preguiça e as de susto, turbilhão, incomensurabilidade
e estilhaçamento. Nesse sentido, podemos entender,
portanto, que a obra de Rimbaud, poet's poet para várias
gerações, acabara sendo ao mesmo tempo obstáculo
e estímulo para a produção poética
durante todo século XX e até hoje, ora constituindo-se
como um diálogo sub-reptício e silencioso, ora
como um aberto exercício de intertextualidade. E um
dos exemplos mais significativos desse exercício na
poesia brasileira contemporânea é o do poema
"Com óculos Rimbaud", do livro De cor, de
Armando Freitas Filho:
Escrevo sob a luz
entrecortada
das bombas que explodem
nas águas da televisão.
Se não, estaria tudo escuro
aqui dentro.
E o branco desta folha, aí fora
neste barco livre
não seria alvo
dessas iluminações sobressaltadas.
Descrevo um clima
com 2 sentidos:
uma previsão do tempo de dentro
uma visão do tempo de fora
enquanto entre um e outro
numa estação de ferro
se comete, no tempo instável
com mão-caranguejo e muito tato
um crime
que é um anticlímax perfeito.
Nesse poema, fazendo um
trocadilho entre as palavras Rimbaud e Ray-Ban, Armando interpreta
a lição do mestre francês como um óculos
escuro que ao mesmo tempo protege a visão da claridade
solar e impõe-lhe uma nova percepção
do mundo visível. Nesse sentido, o desenvolvimento
que ele dá a essa lição é o de
tornar-lhe uma nova forma de ver que desestabiliza a separação
entre o dentro e o fora, entre o real e o poético.
Nele "a luz entrecortada" é índice
do estilhaçamento da subjetividade e da fragmentação
do visível. Essa luz, sob a qual o eu lírico
escreve, efeito "das bombas que explodem / nas águas
da televisão", é o elemento que constrói
a imagem, confundindo o espaço real ao espaço
virtual. "E o branco da folha", lugar da criação
poética, é ao mesmo tempo atingido por dois
focos de luz - um do mundo e outro da própria poesia.
Dessa maneira, afirmativamente tributário do legado
rimbaudiano, Armando metaforiza a produção poética
contemporânea como um espaço entre dois lugares
de instabilidade. Um é o da espetacularização
e o da proliferação das imagens midiáticas.
E o outro, o da tradição moderna da poesia finissecular,
que continua, um século depois, sendo fonte instigante
de releituras.
*
Antonio Francisco
de Andrade Jr. é graduando em Letras pela Universidade
Federal Fluminense, onde foi recentemente aprovado para o mestrado
em Literatura brasileira e teorias da literatura. Já
desenvolveu pesquisa sobre a relação entre poesia
e psicose e sobre a poética de Manoel de Barros.
Leia também um
ensaio do autor sobre Roberto
Echavarren.
*
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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de. Poesias completas. São Paulo: Martins, 1955.
_____. A escrava que não é Isaura. In Obra imatura.
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retornar
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ZUNÁI- 2003 - 2005 ]
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