Na poesia de Luís
Serguilha vislumbramos cascatas nômades, variações cromáticas de uma duração
infinita. O espaço de sua escritura é percorrido por feixes de intensidades e
multiplicidades cujas ressonâncias se expandem em miríades de sensações e
pulsações tornando impossível qualquer decodificação simplista ou interpretação
analítica. Mais do que um mosaico difuso de imagens, sua escritura poética se
assemelha a uma espécie de maquinaria cujo dinamismo se deixa apreender como
potencialidade energética, proliferação de partículas anárquicas,
desprendimento na espessura do Ser.
É recorrente nessa
extraordinária maquinaria a presença de acontecimentos que se incrustam um no
outro, como se estivéssemos diante de um aglomerado de materiais enganchados e
acumulados de modo perigosamente assustador. Não é por outro motivo que,
fulminante, a escritura serguilhana prossegue, retrocede e avança: máquina
heteróclita à semelhança daquelas engenharias maquínicas do escultor francês
Jean Tinguely, engrenagem pontilhada pelo uso dissonante de verbos que associam
elementos distintos. Para além do mero jorro verbal, ela se fractura, se
fragmenta e se revigora através da profusão de metáforas inesperadas. Isso pode
ser observado num fragmento-recorte de seu livro KOA'E:
(...)
As sedas abandonadas dos animais alastram-se
no tutano das
constelações aguçadas
pelos
soluços das pegadas mareantes
e as manadas
desertoras ejaculam gérmens nos
interstícios
espremidos dos salões nucleares
como fagulhas babélicas a
dedilharem nos soldados-
cantores das
grutas
onde as fibras embevecidas das
descendências
aprofundam os circuitos dos chifres planetários (...)
Nesse fragmento LAHAR
XXII e em inúmeros outros de sua obra, percebe-se que há uma contaminação
ulcerosa na matéria verbal. Os mecanismos sintáticos se alargam de tal modo que
rastros e sulcamentos da escrita se diferenciam em gestos-limite mostrando-se
irredutíveis a qualquer tipo de enquadramento sintético. Estamos assim diante
de espaçamentos de um tempo contínuo
cindido em si próprio onde o escultor de palavras corta, raspa, funde, solda,
costura e escava fluxos de desejo adormecidos na matéria do caos.
Vejamos outro
fragmento de LAHAR VIII de seu livro Singradura-do-Capinador-LAHARS
que pertence ao conjunto das obras reunidas sob o título KOA'E, este último livro recentemente lançado aqui no Brasil
pela Anome Livros. Ali as imagens são condensadas num ritmo maquínico
alucinante, alinhavadas por verbos que sempre sugerem movimentos e
deslocamentos:
As dilacerações
nocturnas dos desvendados rochedos
rodopiam nas bocas extremas das mãos
onde continuamente
a telefonia do
alabastro conduz o sacrifício dos
presságios até ao embarque das
conspirações dos sulcos
Um ciclo de tigres é
modelado compassivamente
pelas bandeiras infinitas dos despenhadeiros
e a investigadora orgíaca
conduz o lóbulo salino das
orquídeas até à legenda nuclear dos
pressentimentos
cravejada na virgindade
das declinadas habitações
Nessa escritura plurissensorial as
palavras se rebelam contra os princípios da lógica gramatical, excedem o espaço
da página, embrenham-se em zonas de indiscernibilidade, ou seja, elas não se
contentam em habitar territorialidades pré-fixadas. Como lianas e cipós se entrelaçando
nos seus novelos labirínticos, elas escapam do esquema lógico-aristotélico cuja
trama seria constituída por ações e imagens sinteticamente encadeadas. Ao
transgredirem o esquematismo unilateral de certas velharias estéticas, elas
"reescrevem-se" performaticamente numa nova configuração espaço-temporal.
Portanto, elas se enredam numa densa volumetria a escorrer por entre relevos e
paisagens singulares.
Os poemas de
Serguilha, nesse caso, podem ser lidos à maneira de fragmentos prismáticos.
Fragmentos estes que se recortam, se fundem – como peças metálicas ou cristais
– à imensa fluidez da massa orgânica. São pedaços cortados e recombinados em
fluxos de significância. Nesse
aspecto, não devemos buscar um
significado unívoco ou identificar o sentido que existiria por detrás de um
determinado enunciado. Tudo pode ser lido fragmentariamente.
Aqui e ali emergem fagulhas, estilhaços, anfractuosidades da língua.
É como se a escritura,
desdobrando-se e redobrando-se num vórtice atordoante, dispensasse explicações,
pois aquele que quiser decifrá-la acabará se perdendo num movimento vertiginoso
de criação vulcânica. Não se trata de uma questão de interpretação ou decifração do texto; ao contrário,
exige-se nesse tipo de leitura o ato
de deslindar – como diria Roland
Barthes – de desenredar aqueles sulcos invisíveis constitutivos do próprio ser
da linguagem, a saber, daquilo que se evidencia como Texto, compreendido como máquina abstrata e virtual de infindáveis
possibilidades. Assim, não é por outra razão que se percebe a ausência do Autor, pois, na medida em
que o autor desaparece nesse fluxo de
experiência da linguagem onde o que importa não é a expressão lírica de uma
subjetividade específica, solidifica-se cada vez mais a "eclosão de sons
peregrinos-tribais ao encontro das palavras pré-babélicas", e que, "sem pontos
fixos no espaço, criam linhas de fuga com a exteriorização da vida absoluta,
com a correnteza relampagueante das conexões poéticas que se encontram nas
multiplicidades do corpo indomável".
No interior do corpo das escrituras as primeiras
energias buscam as regiões mais obscuras da vida e os poetas-cavalos-surfistas
desocultam as ebulições da afectividade, as impetuosidades selvagens, porque
absorvem o sol-aberto-na-pedra, o desvairamento informulável das palavras e o
renascimento do ser que recupera o magnetismo e a transcendência do mundo
(SERGUILHA: 2011, p.101).
Quem fala nesse agenciamento de enunciação
poética é a própria linguagem que se
autocria e se autodevora numa espécie de desdobramento assignificante. De certo modo, o que a poética serguilhana persegue
em suas dobraduras e variações contínuas não é senão a própria potência da
linguagem, enquanto ser-desdobramento
de si mesmo, arrebatamento profuso de multiplicidades díspares que se
constituem como performances sem começo e fim, descolamentos centrífugos e
centrípetos que engendram um contra-discurso. Ainda no mesmo poema LAHAR VIII é
possível detectar os indícios dessa afluência:
O incêndio da
soberania vegetal argumenta a rapidíssima
anunciação dos quarteirões das
bailarinas
aduladoras dos passageiros anfíbios
e os esteiros cultivadores
das ventanias embriagam-se de
regenerações de heróis centenários
que confluem estranhamente
para
o incólume arrebatamento do distinto
mergulho das baleias-espelhos (...)
Nesse trecho em
particular pressentimos a iminência de um acontecimento majestoso e mítico. Sem
explicitar os nexos lógicos desse acontecimento, o poeta lança imagens num
fluxo aparentemente desgovernado. É ilógico, insano ou descontrolado somente
para a mentalidade cartesiana/aristotélica, porque basta simplesmente ouvir a
musicalidade desses versos para perceber que o sentido se encontra mais no
cromatismo orquestrado do que no encadeamento sintagmático.
A escritura, nesse
caso, se realça e se retalha como decomposição, destruição da própria língua
abrindo espaço para o aparecimento do devir interminável: fluxo
matérico-musical, o qual longe de ser arbitrário, se difunde organicamente pelo
espaço da criação estética. Gilles Deleuze esclarece tal operação de criar uma
sintaxe, uma língua estrangeira dentro da própria língua materna:
O que a literatura produz na língua já aparece melhor:
como diz Proust, ela traça aí precisamente uma espécie de língua estrangeira,
que não é uma outra língua, nem um dialeto regional redescoberto, mas um
devir-outro da língua, uma minoração dessa língua maior, um delírio que a
arrasta, uma linha de feitiçaria que foge ao sistema dominante...Criação
sintática, estilo, tal é o devir da língua: não há criação de palavras, não há
neologismos que valham fora dos efeitos de sintaxe nos quais se desenvolvem.
Assim, a literatura apresenta já dois aspectos, quando opera uma decomposição
ou uma destruição da língua materna, mas também quando opera a invenção de uma
nova língua no interior da língua mediante a criação de sintaxe (2008, p.15).
Desse
modo, é compreensível o procedimento pelo qual Serguilha justapõe substantivos
separados por um hífen de maneira a criar sentidos insuspeitados, dilatando a
própria estrutura sintática da língua, como se pode verificar, por exemplo,
nesse fragmento que extraímos do seu livro Processionárias:
(...) A nodosidade sónica da cidade limítrofe
é flanqueada geograficamente
pelas axilas lendárias da salsa-dos-pântanos
onde a mecânica das especiarias
liberta as acrobacias-betoneiras do fogo de artifício (...)
Noutro
fragmento, ocorre a mesma operação:
aqui as enciclopédias
propulsoras
da telefonista-loba-da-cidade exibem
as bombagens dos
engraxadores-
guerreiros da resplandecência__
gôndolas-
estações tacteadas pelos pólipos das
fábulas (...)
Nesse
processo de criação, junções de palavras como "salsa-dos-pântanos",
"acrobacias-betoneiras", "telefonista-loba-da-cidade", "engraxadores-guerreiros"
e gôndolas-estações" se agenciam como metáforas disjuntivas, visto que
remanejam os sentidos já desgastados do nosso universo semântico e suscitam
novas associações de sentidos. Tal procedimento de colagem enseja, por assim
dizer, o ininterrupto fluxo dos próprios sintagmas da criação. As palavras se
tornam lavas inflamadas de um vulcão cujo nome se entreabre e se redescobre em
saliências evocadas.
Acompanhando as
sonoridades, as conjunções vocabulares e os intervalos provocados pela
escritura serguilhana, podemos compreender a afirmação de Deleuze em relação ao
universo da matéria sensível exposta em A
dobra: Leibniz e o barroco:
(...) torna-se evidente que o mecanismo da matéria é a
mola. Se o mundo é infinitamente cavernoso, se há mundos nos menores corpos, é
porque há "molabilidades por toda parte na matéria", o que dá testemunho não só
da divisão infinita das partes mas também da progressividade na aquisição e na
perda do movimento, realizando-se, ao mesmo tempo, a conservação da força. A
matéria-dobra é uma matéria-tempo, cujos fenômenos são como a descarga contínua
de uma "infinidade de arcabuzes ao vento". Aí também se adivinha a afinidade da
matéria com a vida, uma vez que é quase uma concepção muscular da matéria que
põe a molabilidade em toda parte (2009, p.19).
Podemos ver a
linguagem serguilhana como imenso corpo de musculaturas, nervos, ossos e
tendões que se contraem e se dilatam, se dobram e se redobram em veios
cavernosos, fluxos de matéria-tempo, molabilidades, saturações. É a
profundidade da linguagem enquanto campo desdobrável de órgãos pulsantes
cinéticos que se faz presença inenarrável. Ao ler e reler seus fragmentos, o
leitor perceberá que tanto a matéria vital quanto a linguagem poética que a nomeia estão indissoluvelmente
conectadas a tal ponto de não se ver nenhuma distinção clara entre ambas
esferas. É assim que o mundo se devém
linguagem tanto quanto a linguagem se
transforma em cosmos.
Do ponto de vista
poético-filosófico, Serguilha propõe a questão fundamental que diz respeito à
continuidade entre percepção e expressão: como se dá e o que possibilita o
encontro da percepção com o mundo sensível? Eis assim o que nos parece ser a
questão nevrálgica da sua poética: compreender
o mundo não mais como campo de essências – o que os filósofos da tradição
clássica chamariam por "substâncias" – ou seja, essências a serem desvendadas
por investigação teorética ou intuição intelectual. O universo sensível de
percepções não está mais diante de nós como Ser-em-si, tela a ser decifrada,
objeto de contemplação. O que se vê é apenas o corpo e o mundo, como frente e
verso de uma mesma realidade sensível.
Ontologicamente, isso significa dizer que o corpo reflete o mundo, é parte constitutiva
dele, e, ao mesmo tempo, fá-lo aparecer/existir enquanto ordem fenomenal: campo
de irrupções, fermentações, série de figuras polimórficas. Assim, para traçar a
relação entre corpo e mundo percebido, Serguilha questiona a categoria da
consciência e nos põe diante da indivisão primordial de uma sensibilidade
primeira. Em outras palavras, ele representifica a linguagem enquanto mundo
tanto como faz o mundo existir enquanto linguagem. Donde a sua ourivesaria
sinérgica, o seu ato de justapor palavras/imagens
em estado de turbulência.
Por certo a sua poesia
enquanto memória cósmica abissal
transborda, transpassa todas as nomenclaturas e categorias semânticas. Em
última instância, ultrapassa as regras ordinárias do pensamento logocêntrico. É
plausível concordar com Bachelard nesse ponto:
os poetas nos fornecerão as nuanças de uma felicidade
cósmica, nuanças tão numerosas e diversas que somos impelidos a dizer que o
devaneio principia com a nuança. E é assim que o sonhador de devaneios recebe
uma impressão de originalidade. Com a nuança, percebe-se que o sonhador conhece
o cogito nascente (1988, p.115).
A potência do devaneio
confere às nuanças oníricas uma gênese atípica, uma força inaudita que faz com
que cada nuança se torne uma imagem germinativa. Daí a afirmação de que:
O grito das escrituras antecipa os territórios
proibidos e interroga incansavelmente o corpo-livro da natureza-mãe. O grito, a
cavalgada, a navegação, o corpo-ondeante-flutuante participam no caos e no
cosmos como uma visão-outra no silêncio da impossibilidade, no silêncio da
unidade original, procurando a vida verdadeira ou novas formas de vida
(SERGUILHA: 2011, p.100)
Nessa viagem
interrogativa acerca do "mapa cósmico", a poesia de Serguilha ultrapassa-se a
si mesma enquanto linguagem autossuperadora. Todo movimento corpóreo e
sensitivo desemboca na expressividade absoluta da existência.
O poema perfura, abre o seu corpo para ser devorado
pela cavalgada-ondeante do cavalo-mundo, do surfista-universo, onde a origem
indeterminável das palavras centraliza-se na suprema impossibilidade e nos ecos
do abismo construtor e impulsionador das radiações mágicas-alquímicas que
regressam à pulsação do delírio, do não-lugar, das bibliotecas imaginárias, da
fertilização originária, dos rituais secretos da linguagem (SERGUILHA: 2011; p.102)
É como se o ser
poético, confrontado com aquilo que é da ordem do informulável, e do
impensável, pudesse dar à luz uma cartografia cósmica em que cada imagem devolvida à sua potência genésica se
revela centelha fundadora de um novo mundo. Mas isso não significa que o poema
seja imagem do mundo no sentido de um espelho que mimetizasse a ordem sensível
das empiricidades. Longe de cair numa imagem materialista da realidade ou ainda
num transcendentalismo mistificador, a sua poesia nos coloca diante do fenômeno
das catástrofes e das mutações, diante do "absurdo incandescente do cosmos".
Desse modo, cada poema deverá ser visto menos como objeto de ser do que como
objeto de poder capaz de
ressacralizar o universo restituindo-o à sua fenomenalidade primeva e original.
A poesia como potência linfática e como metamorfose
devoradora de simulacros sacraliza o insondado, constitui as ressonâncias
demiúrgicas, transforma-se num escorpião de ambivalências, liga-se ao
cavalo-sonâmbulo-poeta-surfista como uma recriação das geografias
cósmicas-primitivas a provocar rodopios cênicos, biologismos utópicos,
tatuagens multissígnicas, entroncamentos imagéticos, síncopes telúricas,
alavancas caológicas-meteóricas, dínamos mitológicos, fulgurações perceptivas,
rebentações animalisantes, paroxismos da instantaneidade, musicalidades
antropofágicas ressuscitadoras da vida latente (SERGUILHA: 2011, p.101)
A poética de
Serguilha, portanto, tangencia lugares inóspitos, inventa suas próprias regras,
move-se num jogo de confluência das linguagens: cinema, dança, teatro, pintura
e performance. É fundamental assinalar que o conteúdo poético se transversaliza
em agenciamentos múltiplos com o cinema contemporâneo: "as correspondências
híbridas cultivam as fortísssimas cores das cobras-telhas de Wong Kar-Wai";
com as inquietações do teatro e da própria linguagem poética: "as celas dos
exílios-BRECHT-Pavese expandem a
direcção pronfundíssima do húmus-gestual onde as vespas das axilas oscilam num carreiro de
ecos-de-ninfas-da-cidade-fundida";
ou ainda, com a dança na sua experimentação mais ousada: "os zumbidos dos
roteiros das fábulas são coreografados pelas pausas dos barqueiros proverbiais
de Merce Cunningham".
Como o próprio poeta afirma:
Esta participação convulsiva do ser-no-mundo, no ser
cavalo-poeta-sonâmbulo abre-se à própria linguagem-silêncio que vem de todo o
corpo-surfista, do real imprevisível, da luz do labirinto como uma imensa
afectividade que caminha para as outras artes, para as ciências, para as
pulverizações polifónicas-psicadélicas desterritorializando a língua: uma
matilha multilinguística-oscilatória, uma armadilha de luzes, de epicentros
entre as subducções da lava do corpo, corpo-fenda, corpo-erosão,
corpo-energia-palavra, enfrentando a infinita imagem expansiva com a respiração
do desejo e da transmigração imaginária (SERGUILHA: 2011, p.97)
Ciclópica,
polissêmica, a obra de Serguilha vista nesse prisma se revela diálogo
extremamente sutil e hibridizante com o Universo tal como este se manifesta nas
suas múltiplas metamorfoses, seja no crescimento dos vegetais e na decomposição
da matéria orgânica, seja mesmo nas diversas formações bio-psíquicas. Ela
descortina novos olhares, novos caminhos e linguagens na arte contemporânea no
sentido de que cada imagem desenhada no mapa cósmico se dissemina, se
multiplica, se infunde nas tonalidades, se realça nos "icebergs
sísmicos-insolúveis da história humana",
numa relação transversal com as outras artes e ciências, numa dimensão de
inexauribilidade contínua, de impermanência subterrânea, numa radiografia
incessante das invisibilidades, numa indeterminação ao mesmo tempo precária e
efervescente, uma vez que "a caminhada do poema-simulacro-surfista é
violenta-crespuscular-contornadora-autónoma e destrói as significabilidades, as
interpretações."
Por isso mesmo, ela se corporifica e se faz gesto conceitual, órgão ressonante,
ação política, porque nunca se enrijece nas formas encouraçadas, sempre
mantendo-se singular e universal.
Referências bibliográficas
BACHELARD,
Gaston. A poética do devaneio. São
Paulo, Editora Martins Fontes, 1988.
DELEUZE, Gilles. Crítica e clínica.
São Paulo: Ed. 34, 2008.
_______________.
A dobra: Leibniz e o barroco. Campinas,
SP. Editora Papirus, 2009.
DERRIDA, Jacques. Margens da filosofia. Campinas, SP. Editora Papirus, 1991.
SERGUILHA, Luís. KOA'E. Belo Horizonte, Anome Livros, 2011.
Notas