ELOGIO DO SIMULACRO
NA POESIA DE WALY SALOMÃO
Flávio Boaventura
El nuevo atleta salta sobre la pista mágica
Jugando con magnéticas palabras
Vicente
Huidobro, Altazor
Esta breve reflexão procura pensar a importância dos fluxos de
caráter intersemiótico na poética de Waly Salomão bem como
analisar em que medida ela pode ser compreendida a partir da
leitura de filósofos como Nietzsche e Deleuze. No que tange à
poesia de Waly - considerando-se o alto teor conceitual de sua
produção(1) -, vale destacar que até o presente
momento não houve sobre sua poesia, pelo menos que eu o saiba,
nenhuma análise crítica de cunho filosófico. E ainda que
atualmente haja um interesse crescente por sua poética, a
tendência geral desses estudos insiste em destacar o viés
"tropicalista" como "o cerne" de sua obra (rotulando-o, assim)
e sequer atentando para outros aspectos igualmente ou até
mesmo mais relevantes de sua produção, tais como a exuberância
da alegria, o devir trágico da vida e o próprio fazer poético,
entre outros. Com "exuberância da alegria", por exemplo, já
estou me referindo a um conceito explorado por Clément Rosset(2),
pensador francês contemporâneo admirado por Waly.
Outro fator que me parece primordial é a "afinidade eletiva" -
para usar uma expressão de Goethe - que liga Waly a outros
importantes filósofos contemporâneos. Não será gratuitamente
que Waly, em entrevista concedida a Adolfo Montejo Navas em
outubro de 2001, vai declarar: "Eu li muito Derrida e Deleuze,
porque acho que esse negócio de poeta ignorante é quase um
termo antípoda. Ezra Pound dizia que a grande qualidade do
poeta era a curiosidade, e eu segui isso ipsis literis..."
(3). Quer dizer: de uma forma muito explícita, o tema da
criação artística, bem como o das especulações filosóficas,
estão muito presentes na poesia de Waly. Vem daí sua
vinculação com as artes plásticas, por um lado, e com a
música, por outro, configurando, assim, essa sua escrita
hiperbólica, "embaralhadora de registros e vozes"
(PINTO, 2004, p. 41).
Outro sinal claro desse fluxo intersemiótico - "meândrico" -
cultivado pelo poeta também pode ser encontrado nessa mesma
entrevista. Nela, Waly vai assinalar que "Hélio (Oiticica) e
depois Lygia Clark, quando voltou de Paris, foram importantes
para aumentar minha separação dos literatos. Eu nunca tive
grandes aproximações de poetas e literatos, e sim de artistas
plásticos...(4)". Evidentemente então que não é por
obra do acaso que sua antologia O mel do melhor (que ele
próprio organizou) foi dedicada a Hélio Oiticica como prova de
amizade e admiração recíprocas. Vale a pena conferir na
íntegra a dedicatória:
Nem
de longe
nenhum estímulo foi mais determinante
para o surto da minha produção poética
- pedras de tropeço transmudadas em pedras de toque -
do que o convívio com Hélio Oiticica.
Mitopoético propulsor:
quero crer
que o grande jogador pedra noventa
vibraria
por não ter apostado em vão.
Pedras de tropeço transmudadas em pedras de toque.
Aqui o meu preito de gratidão
e
amor. (SALOMÃO, 2001, p. 7).
Ou
seja, a identificação com Hélio é (to)tal e de tão
efervescente intensidade que até no Layout deste
poema-dedicatória é possível perceber o amor do poeta.
Sutilíssima retribuição estética à vibração de uma vida
poética? Entre o poeta e o amigo "pedra noventa" a linha de
fronteira se rompeu. O amigo, que um dia diagramou e
incentivou Me segura q´eu vou dar um troço (que doravante
chamarei Me segura), recebe, agora, como homenagem, o mel
melhor do poeta. Como bem disse Davi Arrigucci Jr., ao
escrever nas orelhas de Algaravias - Câmara de ecos: "Agora
Sailormoon (sic) aporta ao lugar do simulacro, o poeta feito
máscara, persona em que o oco dobra e multiplica a voz do
outro em timbre próprio e impróprio, espaço impreenchível em
que escrever é vingar-se da perda." (ARRIGUCCI JR., 1996).
Ademais, e apenas para incrementar o raciocínio que venho
tentando desenvolver aqui, não custa lembrar que Waly Salomão
também foi o letrista de sucessos como "Mel", "Vapor Barato",
"Talismã", "Alteza" e "Assaltaram a gramática", e parceiro de
Caetano Veloso, Gilberto Gil, Jards Macalé, João Bosco, Lulu
Santos e Adriana Calcanhotto, além de produtor de shows de
alguns desses e de outros cantores e compositores da chamada
MPB.
É
fundamental enfatizar, pois, que a poesia de Waly, mais além
de ser reconhecida no meio artístico musical brasileiro, tem
sido gradativamente apontada por diferentes nomes, inclusive
da crítica(5), como sendo uma das vozes mais
expressivas da produção brasileira contemporânea. E penso que
é exatamente por isso que a importância de sua poesia não deve
ser reduzida nem tampouco congelada na categoria "anos 70" uma
vez que continua a vibrar, despertar e aguçar sentidos.
Aliás, como sublinhou Nietzsche, a tirania do racionalismo - e
o epigonismo do beletrismo vanguardista é uma forma
escancarada de sê-lo - está muito aquém da vida. Trágica, ela
deve ser encarada como valor que multiplica, desconstrói e
reconstrói outros valores. Pensamento este que reverbera na
poética de Waly, entre o lido e o vivido, pois para o poeta a
literatura é uma saúde e seus (des)caminhos são acontecimentos
na fronteira da linguagem. O que o poeta visa, então, é
desentranhar a fúria dionisíaca do ventre sintaxeal, "como um
faquir que come sua própria fome"(SALOMÃO, 2000, p. 11),
perambulando por entre, sob e sobre as fendas da existência. O
poeta caminha nômade e assustadoramente demolidor(6)
pois é um incansável reinventor de novas possibilidades de
sons e cores, desde Jequié até sua cepa fenícia, desde o
candomblé até o hinduísmo - afinal, "Waly salut au monde"
(SALOMÃO, 2000, p. 9).
A
confeitaria poética de Salomão está, pois, compelida a
envenenar toda determinação racionalista e se mostra apta a
dissolver toda sorte de congelamentos. Contra a petrificação
que geralmente é imposta pela clausura dos cânones, o poeta
permanentemente se refaz e se desbanaliza, potencializando uma
visão espatifada porque inconclusa: "Pelejo entre os vagalhões
e as rocas" (SALOMÃO, 2000, p. 44). Daí, portanto, a
necessidade de um ritmo frenético, delirante - para "perfurar
buracos", diria Beckett - e ao mesmo tempo cuidadoso e
burilado, despertando para o fato de que "o diabo faz seu
ninho/ é nos galhos/ dos detalhes." (SALOMÃO, 2000, p. 19).
Daí igualmente a necessidade radi(c)al para afirmar que, em
matéria de poesia (tal como Waly a compreendia), o mais
importante pode não ser achar o fio do labirinto, mas
manter-se vivo e alegre dentro ou mesmo fora dele, fundindo
caos e cosmos, criando o que Guattari denominou "caosmose",
quer dizer, "uma certa cartografia feita de demarcações
cognitivas, mas também míticas, rituais, sintomatológicas."
(GUATTARI, 1992, p. 85). Tal posicionamento me faz realçar
aqui o projeto de transposição do modelo estruturalista
encampado pelo poeta, ou seja, fortalecer os conteúdos dos
elementos significativos sobre os elementos estruturais. Quer
dizer, "sobre cadeias de discursividade." (GUATTARI, 1992, p.
73).
Talvez por isso mesmo seja tão imprescindível valorizar na
poesia de Waly suas longínquas reminiscências rurais, como,
por exemplo, nos poemas "Janela de Marinetti": "cidade dura e
arreganhada para o sol" (SALOMÃO, 2000, p. 24) e "Elipses
sertanejas": "Vim da dureza feito gumes/ Desavim... pontudo...
áspero e intratável como o cacto libertino..." (SALOMÃO, 2000,
p. 31).
Outro traço interessante a ser pontuado é a forte carga
sarcástica - como se fora um Gregório de Matos dos tempos
atuais (7), apesar de Gregório me parecer cada vez
mais extemporâneo - muito presente em sua poesia, passando,
inclusive, pelo desabafo-deboche recolhido de uma conferência
proferida pelo igualmente mordaz Oswald de Andrade no Museu de
Arte Moderna de São Paulo, em 1949, em que ele assevera que
"poesia não é cartola, diploma e beca." (8) (apud
SALOMÃO, 2000, p. 7). Trovoada de igual intensidade pode ser
observada também no poema Novelha cozinha poética, onde fica
patente o caráter bufão do poeta:
Pegue uma fatia de Theodor Adorno
Adicione uma posta de Paul Celan
Limpe antes os laivos de forno crematório
Até torná-la magra-enigmática
Cozinhe em banho-maria
Fogo bem baixo
E depois leve ao Departamento de Letras
Para o douto Professor dourar. (SALOMÃO, 2000, p. 21)
Vale dizer, estamos diante de um poeta que multiplica a
importância intersemiótica entre imagens - não a
"imagem-espetáculo", pueril, trivial, coagulada para facilitar
a compreensão. O que interessa em Waly parece ser o
subterrâneo, o enigmático reino das sutilezas provindas do
entrecruzamento de vozes várias(9),
embaralhando registros, portanto:
Agora é todo dia ancorar a caravela na enseada
Subir encosta acima até o cocoruto do pedregulho
E tirar chinfra com uns bons balaços-balanços de
linguagem." (SALOMÃO, 2000, p. 39)
Por
fim, quero sobremaneira reiterar que a poética de Salomão vem,
desde os anos 70 (mas sempre e desbragadamente recusando o
rótulo de "poeta da geração 70"), influenciando várias e
diferentes gerações. Me segura, aliás, já chamava a atenção
para esta dicção prospectiva do poeta (num tempo
retrospectivo). Foi nessa fase truculenta da história e da
cultura brasileiras que ele organizou, ao lado de Torquato
Neto, a mais importante publicação artística coletiva da
época, a revista pós-tropicalista Navilouca. Note-se bem:
"pós" porque trangressora, plural, performática,
desassossegada, ungida "sob o signo de Proteu". (SALOMÃO,
1983, p. 9).
Trabalho fundamentalmente de conjunto e de caráter polissêmico
(como o é sua poesia), a revista, que teve uma única edição,
chegou a agregar diferentes tribos: poetas, artistas
plásticos, cineastas e músicos. Nessa Stultifera Navis
embarcaram, por exemplo, Rogério Duarte, Hélio Oiticica, Duda
Machado, Jorge Salomão, Ivan Cardoso, Luciano Figueiredo e
Caetano Veloso, por um lado, e os poetas concretistas Décio
Pignatari, Augusto e Haroldo de Campos, por outro. Entre
outros. Um bando, enfim, hipertransmultimídia que aspirava a
recusa "das formas acadêmicas e institucionais da
racionalidade, empenhados na experimentação radical de
linguagens inovadoras como estratégia de vida." (HOLLANDA,
2004, p. 71).
Desse estilhaçamento do cânone espirraram cacos cortantes,
entre os quais Me segura (publicado primeiramente em 1972 e
reeditado em 2003). Esse texto - conjunto de aforismos, vozes,
máscaras - é uma substituição das fórmulas binárias gastas
(gêneros fronteiriços) por mutações genéticas, estéticas,
ético-políticas. Daí a dissolução e a superação da identidade
fixa e monolítica, e também um elogio rasgado dos diferentes
simulacros que se amalgamam. Afinal, era mesmo preciso mudar a
linguagem para mudar a vida. Como diria o próprio Waly: viajar
"dentro e fora da BR." (SALOMÃO, 2003a, p. 72). Ora pelo
asfalto, ora pela estrada de terra. Deslizar.
Me
segura, então, pode ser pensado como uma espécie de
livro-manancial, vale dizer, livro para olho-míssel e não para
olho-fóssil, como bem lembrou o poeta Antonio Cicero(10)
aludindo ao próprio Waly. Isso equivale tragicamente a dizer:
bater forte, constantemente, no lugar onde dói.
The initial step
na escada
de subida
na vida - caminho cifrado or wild beat? (SALOMÃO, 2003a, p.
180).
Ou
seja, para Waly o poeta surge justamente da embriaguez
(embriaguez + agudez) e deve ser forte o bastante para
carregar seu estandarte: "fazer das tripas coração" (SALOMÃO,
2003a, p. 125), isto é, amar as adversidades e convertê-las em
energias cinéticas, geradoras de outros movimentos. Sob esse
ritmo mutante, somaram-se a Me segura: Gigolô de bibelôs
(1983), Armarinho de miudezas (1a ed. 1993, 2ª ed.
ampliada, 2005), Algaravias (11) - Câmara de ecos
(1996), Hélio Oiticica: Qual é o Parangolé? (1a ed.
1996, 2a ed. 2003), Lábia (1998), Tarifa de
embarque (2000), O mel do melhor (2001) e o póstumo e
turbulento Pescados Vivos, prova cabal de sua incansável usina
de criação permanente.
Em
Waly, e aqui concluo esta breve comunicação, vida e obra são
uma só e a mesma coisa e não podem ser distinguidas, dada sua
total e recíproca coincidência. O sentido é uma pluralidade de
sentidos e máscaras, uma "constelação" (DELEUZE, 1976, p. 14).
Eis a questão: "Carpe diem frenético que é o sinal indicador
del sentimiento trágico de la vida "(12) (SALOMÃO,
2003b, p. 36), exuberância vital que impulsiona o poeta a
fazer de si mesmo um outro, uns outros, ou vários:
estilhaçamento dos rótulos acachapantes e paixão pelos
detritos, ecos, vácuos. Viver a vida e a linguagem em todas as
possibilidades, o mais inventivamente possível. Experimentar a
existência via matizes/matrizes de diferenças, sublinhando seu
traçado perspectivístico: isso significa estar em sintonia
máxima com e contra o seu tempo, equivale a viver
tragicamente. Jogando com "magnéticas palavras". Em mascarado
avanço. E sem lamúrias.
* *
*
NOTAS
1.
De acordo com Manuel da Costa Pinto, a linguagem ígnea de Waly
"desfaz identidades estáveis, normalizadoras, em benefício de
um perpétuo devir filosófico que atende às exigências desse
seguidor do pensamento antimetafísico...". Cf. Literatura
brasileira hoje, p. 41.
2.
Cf., especialmente, seu livro Alegria, a força maior.
3.
Cf. "A poesia nômade de Waly Salomão". In: Revista Cult. Ano
V, nº 51, p. 8.
4.
Idem, p. 7.
5.
Heloísa Buarque de Hollanda, Antonio Medina Rodrigues, Davi
Arrigucci Jr., José Miguel Wisnik, Walnice Nogueira Galvão,
Italo Moriconi, Leyla Perrone-Moisés, Antonio Cicero e Evando
Nascimento, entre outros, são exemplos notórios.
6.
Demolição aqui no sentido de dissipação do conceito de
"gênero", uma vez que sua oralidade confunde os registros da
prosa e da poesia, do ensaio e da ficção.
7.
Gregório, aliás, que não por acaso Waly "viveu" em versão
cinematográfica.
8.
Cf. Tarifa de embarque, p. 7, "miolo desentranhado" da
referida conferência de Oswald: "... e parecem ignorar que
poesia é tudo: jogo, raiva, geometria, assombro, maldição e
pesadelo mas nunca cartola, diploma e beca."
9.
Não será demais assinalar que esta idéia já nos remete
irremediavelmente a outras duas obras de Waly: Algaravias -
Câmara de ecos e Armarinho de miudezas.
10.
Cf. "A falange de máscaras de Waly Salomão", IN: Me segura,
2003, p. 28-55.
11.
Como se sabe, Algaravias vem do árabe (al-garb) e significa,
entre outras coisas, gritaria de várias pessoas (em Waly, não
seriam personas?) que, por falarem todas ao mesmo tempo, não
se pode compreender o que dizem.
12.
Del sentimiento trágico de la vida é também o título de uma
obra do filósofo espanhol Miguel de Unamuno, muito admirado
por Waly. E é inegável que a idéia de trágico, aqui esboçada,
remete igualmente a´O nascimento da tragédia (1872), obra de
Nietzsche. Curiosidade à parte, Waly estrearia em livro
exatamente cem anos depois desta obra do filósofo alemão ter
sido publicada.
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Me segura qu'eu vou dar um troço. 2a ed. RJ:
Edições Biblioteca Nacional e Aeroplano Editora, 2003. p.
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Trad. Cleonice P. B. Mourão. BH, UFMG, 1996.
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SALOMÃO, Waly. Tarifa de embarque. RJ: Rocco, 2000.
SALOMÃO, Waly. Gigolô de bibelôs. SP: Brasiliense, 1983.
SZONDI, Peter. Ensaio sobre o trágico.
Trad. Pedro Süssekind. RJ: JZE, 2004.
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Flávio Boaventura
é poeta, ensaísta e professor de filosofia na PUC Minas.
Autor, dentre outros, de Delírio Trêmulo (2003) e
co-autor de Elipses (2006), ambos publicados pela
7Letras. |