GALERIA
SOBRE O ARTISTA
Román Antopolsky (Buenos Aires, 1976). Estudou Filosofia (UBA) e Belas-Artes (IUNA) em sua cidade natal. Publicou os livros de poesia Ádelon (Buenos Aires, 2003) e Cythna en red (Santiago de Chile, 2008), e um terceiro livro, Amor Islam, está para sair. Colabora assiduamente em revistas literárias latino-americanas, cumprindo uma ampla tarefa de tradução de poesia e ensaios para o espanhol (do alemão, russo, português, inglês, romeno), além de realizar trabalhos gráficos em óleo e tinta em forma de colaboração com publicações de poesia no México (Universidad Autónoma de Nuevo León, Aldus) e Brasil (Lumme Editor). Foi convidado para o International Writing Program da Universidad de Iowa (2006) e como leitor no festival anual de City of Asylum/Pittsburgh (2008). Sua obra pictórica foi exposta em mostras em Buenos Aires, Washington DC e Pittsburgh.
EXPOSIÇÕES:
Kinesis (100 × 70cm) tinta sobre papel, 2005
Columnata (70 × 100cm) tinta sobre papel, 2005
Phora (70 × 100cm) tinta y témpera sobre papel, 2006
Pacta (91 × 152cm) tinta y óleo sobre tela, 2009
Primer pájaro (55 × 71cm) tinta y óleo sobre tela, 2007
Between (91 × 152cm) tinta y óleo sobre tela, 2007
Apisado (91 × 152cm) tinta y óleo sobre tela, 2007
Graphia (110 × 80cm) óleo sobre madera, 2006
Жар птица (100 × 100cm) óleo y acrílico sobre tela, 2004
Subrayo (100 × 70cm) tinta sobre papel, 2005
Sobre o artista
foto de
Román Antopolsky
“Heredera del expresionismo abstracto norteamericano, la obra pictórica de Román Antopolsky fluctúa entre la espontánea energía del trazo abierto —que también es acción corporal sobre el soporte— y la contenida construcción de zonas geométricas que dialogan con el cubismo. Libertad y rigor. Un golpe de dados sobre la superficie que luego se reordena en un equilibrio armónico consciente y consecuente. Balance de lugares y de fugas. De indeterminaciones y de tácitas presencias formales (un rojo, es un rojo, es un rojo) que entablan una respiración entre lo sólido y lo fugaz, entre las geometrías coloridas y el negro relámpago del pincel. Estamos —entramos— en el reino del ritmo, de esa necesaria síncopa que activa una poética (que es, también, una gestalt) para los ojos”
Victor Sosa
“Com que matéria um criador realiza sua obra? É de matéria que ele precisa para criar? Ou basta jogar com os instrumentos da percepção? Seja como for, não há como prescindir de um fazer. É possível que esse fazer, de repente, ultrapasse sua condição de acessório para um esplêndido devir, o de ser objeto? É então que o fazer acontece — amanhece ? no objeto. Os objetos pintados por Román Antopolsky estão aí, amanhecidos. Memória do que era gesto, espaço, transparência, horizontalidade, espessura. Transpostos para seu novo ser, provocam o olhar. Com um jeito inocente e ao mesmo tempo firme de mostrar a verdade. De entregar a coisa que se oferta serenamente, com um lado que dói tal a fúria de uma punhalada. Para dali jorrarem vermelhos de sangue, pretos da mais densa treva, azuis correntes na fímbria de um sonhar adormecido em preexistência. Gestos de quem amanhece, mais do que acorda, se é que a-cor-dar tem algo a ver com o sono? Acordar para uma espessura do ver e do perceber. Para além de nossa memória sensorial viciada pelo senso comum, pelo sono do cotidiano anestésico”
Maria da Paz Ribeiro Dantas
“Embora seja possível encontrar na pintura de Román Antopolsky pequenos conjuntos o seu gesto parece afastar-se do projeto deliberado. Essa movimentação agrada-me mais do que certos acertos pictóricos. Francesco Clemente, por exemplo, o duplo de Antopolsky, acerta ao transformar ironicamente a sua recusa do projeto em projeto. (Acontece que a tal da ironia às vezes funciona como um bumerangue…). Mas, voltando aos desdomínios de Roman Antopolsky, ao afastar do projeto ele segue em qual direção? O que o pintor encontra? Uma resposta plausível talvez seja a beleza que refugia-se do mundo… (Mas se o princípio antrópico sugere que as coisas são como são, pelo menos em parte, porque existimos?!); Uma resposta apreciável talvez seja as múltiplas histórias para espaços imaginados… (Essas coisas devem ser mais ou menos como imaginamos, diria alguém com alguma inteligência…); Uma resposta razoável talvez seja afinal ‘memórias reencontradas’… Penso que nos limites da inexistência há uma soma de Feynman, e que Román Antopolsky esmera-se em certos hábitos artísticos — pintar, traduzir, escrever — na fria Pittsburgo… O belo quadro sob o título Graphia é afinal uma resposta melhor do que todas essas abstrações”
Francisco dos Santos
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