ZUNÁI - Revista de poesia & debates

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ASSIS DE MELLO



Foto: Reprodução

 

 

XVI.

 

 

&

torturou-o

sem piedade

rodando a língua no frênulo

 

            a glande a explodir

 

            o cano

como um braço arruaceiro a girar um mangual

de doze pontas                                                             enquanto o olhar de novilha

se perdia na gana

da crueldade indomada

 

 

Seivados a boca / lábios / borboleta

ladrilhos / estatueta

abajur

 

os sonidos da fricção

lubrificada

 

o estrondo

do jorro em repuxo

- glutinoso

como os braços

de uma hidra

 

, o homicídio consumado

 

 

Os cabelos / a face / o colo

lambuzados de elemento

& os homúnculos do dia a caminhar

pela rua

 

 

(poema inédito)

*

 

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