na ilha eu me dispo.
ando descalça,
percorro calçadas.
na ilha ilhada,
eu sou vagina pensante,
cérebro masturbante.
a natureza berrante capta,
recicla,
absorve e repele.
na ilha sou inteira.
as flores crescem
e encantam vistas mais atentas.
as árvores copadas
dão sombra para quem busca alívio.
que o mar traga coisas boas,
que o vento leve o verbo ignorante.
se minha boca ouvisse
mais
e meu ouvidos falassem menos
talvez, não sei,
conseguiria me enlaçar no vento
se meu sexo delirasse
menos
e meu cérebro trepasse mais
talvez, quem sabe,
conseguiria me deitar com o tempo.