ZUNÁI - Revista de poesia & debates

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CÉLIA GONÇALVES

 

 

 

 

Une calligraphie en miroir

Ils ressent                           l'impentre,
La vitesse
Des corpes percutés.

Un souffle libère les membres inférieurs

De leurs attaches.
Elle ne limite plus                        sa force

Elle en atteste                                la
réalité.

L'Animalité des postures.

 

* * *

 

A avó, pequenina
Dobrava folhetos em cima da saia da prima
Colava cartazes de selos de cobra em todos os andares  

De baixo

E pregava pregos sozinhos nos sapatos escuros

A avó, pequenina
Comia cigarras lentas da saia da prima
Colava flores nos pigmentos associados

E beijava homens negros nas solas dos lares
'El otro dia queria un Yan, pero no estabas'
It took combined efforts of the 3 genuis

* * *

 

Asha, Asha
Little Grey Pig

There's a Poem Day
In Your Pocket
A Wiccam Temptress
Thousand Thousand Thousand Thousand Grey Anthologies
In the Congress Pig

* * *


As surpresas vão sendo cada vez mais e melhores.
Como num blogue politico
Como numa ervilha cor-de-rosa
Como num conjunto de belas edições

* * *

Quando os fogos abriam longas cancelas
Com muitos casacos cor de rosa canelados de mel e cebola

Agora todos muito bem tristes e muito bem picados
Quantos os que já havia

Aquele de quem falo era outro.
Mas com muitos espaços e reticências ou os do likewise

Abri a camisa só um bocadinho

E cuspi para cima contigo

 

*


Célia Gonçalves é membro da oficina de poesia da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Publicou poemas na revista brasileira Sibila, na portuguesa Oficina de Poesia, na espanhola Agália, entre outras. Publicou também no site Germina.  

*

 

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