1.
quantas nas vezes - muitas,
um por sobre um,
mesmo que, sem precisar um borro, uma nódoa,
ser entre quem quer que seja,
sem nunca saber se o limite de um fim - à
exaustão.
- mas o que pode ser
senão isto?
(cada um um deserto).
em violência branca, depois
(as facas, ¾ em água.)
chamava por faca, esse osso que me corta em diagonal,
as cristas: ilíacas.
- delas, tinha apenas, depois, da possibilidade de quaisquer
(aprendemos que o nome disso é dor.)
(lá fora, no despontando de alguma manhã,
o seu céu em furta-cores.)
imaginar a linha invisível que fazia do nosso contorno contorno,
talvez sirva para delimitar a nossa menor distância.
com a naturalidade de uma constatação:
(alguma atenção redobra-se)
não pude evitar, como quem diz - não tenho culpa,
aprendi a desequilibrar-me na linha que faz de nós, cada um, um.
6.
no olhar,
uma outra paisagem:
talvez seja branco o rio do esquecimento.
7.
(não mais estar em insônia,
que, em outra língua,
se diz em branco,
mesmo
sendo em claro, à noite.)