está
encantado o músculo;
a horda chamada vida e lunática
com suas armas de sono,
prudente na chamado aos claros
lampejos do rumo vertical
tomado em cinza branca como
os olhos de pupilas movediças
* * *
neguei aos pés o sabor
da caminhada, alojei-me
nos dias de menores trilhas,
rememoro meu grito para
as marcas de pólen em
pedras fecundadas, abro
as frutas que guardei
quando na enchente os rudes
cantavam e as espécies
da faringe sobre os ovos
dos lagartos do urro.
* * *
emenda
o passo a doce fera das noites
mal sabidas, inventa e nutre a voz
instável da cura pela faca;
meus jogos pela doçura, as invenções
de anis.
é maciço para comportar a transparência
nua;
é aberto para cerrar as portas da mediação.
contento dos vales, as ordens do talho.
nada há que sustente o passo
e recusamos o amparo do vento
caímos
sem voz, e vimos
* * *
sobre
a pele reinar o sal
sobre a distância gemer
a justiça dos rudes.
entre os arbustos guardamos
nossas mãos, e vimos
a chegada das núpcias,
as vertentes
da entrega.
* * *
nas granulações
repousa minha volúvel escuridão
* * *
por suspeita e exaustão
saqueio as moradas
* * *
haverá
testas batendo o chão
e mulheres deixadas nos catres
* * *
chove agora, contemplamos
nos dedos a justa medida
do avanço dos ventos
* * *
volverei
a lugar algum
em estações de altares
nevarei sobre a vela
choverei sobre a dança;
* * *
com mãos
de lua,
tomaria-o em meus
braços e dedos
de sal.
* * *
Severo
é meu nome,
Severo e bendito de
prantos e lutos,
de lutos sobretudo,
eu, Severo e sereno
em meu chicote
manchado de pele,
eu, Severo,
que unicamente macero
as costas que carrego
atrás de meu peito
dourado e virulento,
casto e sacrificado
às costas que sustento
e macero, eu, sereno
Severo, homem de
costas maceradas.
* * *
mulher
de olhos parados
e cambiante, mulher
de estátuas. seus nomes
e repousos. muda pela
pele e imensa sobre
a prata. curvada sobre
os pés de unhas geladas.
tornava
o vento à encruzilhada,
de estátuas sobre a prata
* * *
a medida
dos farelos é o asno