ZUNÁI - Revista de poesia & debates

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PAULO DE TOLEDO

 

 

 

 

POESIA&SILÊNCIO ou MAXIMA MORALIA

ou

NÃO DOU A MÍNIMA PRA ESSAS MÁXIMAS

 

 

 

POESIA É QUANDO SE LÊ NO VERSO DO SILÊNCIO

 

 

O SILÊNCIO CRESCE A OLHOS VISTOS

 

 

POESIA É QUANDO DÁ BRANCO NO OLVIDO

 

 

O SILÊNCIO TEM OLVIDO ABSOLUTO

 

 

POESIA É QUANDO O NADA É INSERTO

 

 

O SILÊNCIO ESTÁ NA PONTA DA LÍNGUA

 

 

POESIA É QUANDO SE VÊ O VERSO DO VERBO

 

 

O SILÊNCIO É O ABCENÁRIO DO MÍMICO

 

 

POESIA É QUANDO O REFLEXO PERDE O ESPELHO DE VISTA

 

 

O SILÊNCIO É QUANDO DÁ BRANCO NO SOM

 

 

POESIA É QUANDO SÓ SE SABE DE COR

 

 

O SILÊNCIO NÃO ESTÁ NEM AÍ

 

 

POESIA É QUANDO A MATEMÁTICA FAZ DE CONTA

 

 

O SILÊNCIO DESEMBOCA NO OLVIDO

 

 

POESIA É FISGAR FEIXE DE LUZ

 

 

O SILÊNCIO DIZ A LINHA ÀS ENTRELINHAS

 

 

POESIA É QUANDO O SENTIDO NÃO ESTÁ AOS PÉS DA LETRA

 

 

O SILÊNCIO É UM TROVA-LÍNGUAS

 

 

A POESIA NADA NO DNA DO SILÊNCIO

 

 

*

 

Paulo de Toledo (1970, Santos/SP) é autor do livro de poemas 51 Mendicantos (Ed. Éblis, Porto Alegre, 2007) e das plaquetes Desequilivro (2009, em parceria com Rodrigo de Souza Leão) e si lence is (Arqueria Editorial, São Paulo, 2010). Teve trabalhos publicados em: Revista Babel, Ciência & Cultura - SBPC, Sítio (Portugal), Coyote, Correio das Artes, Cronópios, Germina, entre outros. Conta com ensaios na edição crítica de Catatau (ed. Travessa dos Editores), obra de Paulo Leminski. Venceu o V Projeto Nascente (USP / Editora Abril) e o I Concurso Binacional de Contos Brasil-México (Cult / Revista Cultural El Ángel). Blog: http://paulodetoledo.blogspot.com.

 

Vejam os poemas visuais (I e II) do autor

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