ZUNÁI - Revista de poesia & debates

[ retornar - outros textos - edições anteriores - home]

 

 

 GIANCARLO HUAPAYA CÁRDENAS



 

 

BESADOR

A Paul Guillén

 

Besador atravesó la ciudadela hendido en un beso. Los labios besan tu pantalla, Besamanos besa el cuello desabrigado. Existen varios besos que cambian a succión de nervio. Es la voluntad del que mueve los labios que el dinamismo en las bocas de los lobos sea célebre. Lo glorioso implica la cantidad de las distintas sustancias combinadas. Es decir, la distancia entre las saladas gotas de un cuerpo cuando somos los besos de sustancias radiantes es determinante para saber cuál es la calidad de intoxicación. La mueca del instante inicial es realmente la sonrisa viciosa que se formula antes de recrear su adicción. Es una deformación producto de sus constantes relamidas de labios. Es por eso que las relamidas fomentan el cariño de los Besadores y Acariciadores. Que son en su mayoría amplios amantes de sudorosas crónicas. Cualidad que escandaliza a los creyentes de caras sin muecas de goce. Que son en su colectividad negados a perturbar húmedamente las erupciones: acariciar la ecuación con los labios con movimientos elípticos, introducir consonancias mórbidas, presionar el fragmento que dilata, luego exagerar la presión gustativa.

 

El beso se traslada.

 

El beso es el rastro que dejan las gotas saladas, es el rastro de una caracola lasciva. 

Besador se introduce en las noctámbulas bocas de los glúteos danzantes y se besa todo aquel que ingirió el estupefaciente afrodisíaco de la boca de Besador.  Él manifiesta el beso como fotosíntesis sonora. Innegable sobreabundante. Toxinas que el cuello ventila y presume como burbujas que ascienden y explotan. Besos corpulentos. Sorbemos el humor hipnótico. Puros zumban y se especializan. La saliva absorbida desciende fertilizando desde lo bucal hasta lo glaciar. Los zumos de los sabores degustados son los vapores que celestiales nos estiran la humedad para poder crear más órganos móviles.

 

Noche escolta. Se besan los chispazos jadeantes. Espectador atrapa saliva que salpica y cristaliza su experiencia, le inquieta la postura de los hombros cuando la mueca de los Besadores se manifiesta babosa.

 

Los besos no llevan alas, es el aliento liberado de su mucosa, corren atravesados por músculos por largos intervalos coyunturales. 

 

 

BEIJADOR                                                                                          

A Paul Guillén

 

Beijador atravessou a cidadela fendido em um beijo. Os lábios beijam tua tela, Beijamãos beija o pescoço desabrigado. Existem vários beijos movidos a sucção de nervo. É vontade de quem mexe os lábios que o dinamismo nas bocas dos lobos seja célebre. O glorioso resulta da quantidade das diferentes substâncias combinadas. Isto é, a distância entre as gotas salgadas de um corpo quando somos os beijos de substâncias radiantes é determinante para saber qual a qualidade da intoxicação. A careta do instante inicial é realmente o sorriso vicioso formulado antes de recriar seu vício. Uma deformação produzida pelas suas constantes relambidas de lábios. Por isso as relambidas fomentam o carinho dos Beijadores e Acariciadores. Que são em sua maioria grandes amantes de crônicas suadas. Característica que escandaliza aos crentes de rostos sem expressões de gozo. Que são na sua coletividade negados a perturbar umidamente as erupções: acariciar a equação com os lábios com movimentos elípticos, introduzir consonâncias mórbidas, pressionar o fragmento que dilata, logo exagerar a pressão gustativa.

 

O beijo se translada.

 

O beijo é o rastro deixado pelas gotas salgadas, o rastro de um caracol lascivo.

 

Beijador se introduz nas notívagas bocas dos glúteos dançantes e se beija todo aquele que ingeriu o estupefaciente afrodisíaco da boca de Beijador. Ele manifesta o beijo como fotossíntese sonora. Inegável superabundante. Toxinas que o pescoço ventila e presume como bolhas que sobem e estouram. Beijos corpulentos. Sorvemos o humor hipnótico. Puros zumbem e se especializam. A saliva absorvida desce fertilizando desde o bucal até o glacial. Os sumos dos sabores degustados são os vapores que celestiais nos puxam a umidade para poder criar mais órgãos móveis.

 

Noite escolta. Beijam-se as faíscas ofegantes. Espectador captura a saliva que salpica e cristaliza sua experiência, inquieta-o a postura dos ombros quando a careta dos Beijadores se mostra babada.

 

Os beijos não têm asas, é o hálito liberado de sua mucosa, correm atravessados por músculos por longos intervalos conjunturais.

 

Tradução: Diana de Hollanda

 

 

 

 



 

*

Giancarlo Huapaya Cárdenas (Lima, 1979). É jornalista, curador de arte, poeta, editor e promotor cultural. Publicou os livros de poesia Estado y contemplación/Canción de Canción se Gana  e Polisexual (Hipocampo Editores, 2005-2007). Foi incluído no livro Generación 2000? Muestra de Poesia del 2000 (Círculo Abierto Editores, 2006), na mostra virtual “19 poetas peruanos 2000 - 2006  La invención de una Generación”, na antologia Perú S XXI (Fundación Yacana), em 2 + No antología No contemporánea de los poetas amigos (Esta No Es Una Puta Editorial, 2007), em 4M3R1C4 novísima poesía latinoamericana (Ventana Abierta Editores, Santiago de Chile) e em “Proyecto latinoamericano de unión poética” (Buenos Aires, 2009). Desde o início de 2006 dirige a revista de arte Lapsus Collage Editorial (www.lapsus-web.net), na sua versão eletrônica e impressa. Realizou performances nas quais funde fotografia, vídeo, som e ação com a poesia. Participou dos festivais latino-americanos de poesia: “Novíssima verba” (Lima 2005),  “Tordesilhas” (São Paulo, 2007) e “La Coletiva” (Cusco, 2007). Organiza o “Festival de Poesía de Lima”, o festival itinerante de poesia visual “Pop es Cia” e o ciclo  “Poesía en el Centro”  (leituras ao ar livre no centro histórico de Lima). Participou como curador associado do 1o VISUAL POETRY & PERFORMANCE PROJECT (San Francisco, EUA, 2009). Realizou os vídeos-poemas José María (exibido em festivais no Peru, Argentina, Chile, Alemanha, França e Finlândia) e La ley del Embudo e, junto ao artista eletrônico Omar Córdova, está prestes a produzir seu primeiro disco de poesia sonora.

*

 

retornar <<<

[ ZUNÁI- 2003 - 2011 ]