FLECHA
Vamos todos de corpo
inteiro
Tornados flechas
Vamos de corpo inteiro
Perfurando o espaço
Vamos e não voltemos mais
Vamos nos fincar, apodrecer junto com a ferida e não voltemos
mais
Vamos todos parar a
respiração e deixar o arco
Vamos abandonar tudo como se fossem trapos
O que possuímos por dezenas de anos
O que gozamos por dezenas de anos
O que construímos por dezenas anos
Seja felicidade
Ou sei lá o quê
E vamos de corpo inteiro tornados flechas
O espaço grita
Vamos de corpo inteiro
Perfurando o espaço
O alvo vem correndo de encontro na escuridão desse pleno
dia
Quando finalmente o alvo cair jorrando sangue
Que seja uma vez
Vamos todos sangrar tornados flechas
Não voltemos mais!
Não voltemos mais!
Ó flecha soldado da
justiça nobres almas!
NORTE A SUL
O monge-abade do Templo
Bohyon
lá do Monte Myohyang ao norte telefonou
E o monge-abade do Templo Dae-Hung
Lá em Haeham ao sul atendeu
Como vão as coisas? É, aqui o Buda sentou de costas
Pois aqui também o Buda sentou de costas
E não foi só ali
Norte a sul, todos os Budas haviam sentado de costas
Pois sabem das coisas, essezinhos.