ZUNÁI - Revista de poesia & debates

 

 

GALERIA

MANINHA CAVALCANTE
 

A ARTE COMO PRÁTICA PERVERSA:
CAMINHOS DE MANINHA CAVALCANTE



Maninha Cavalcante

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A artista plástica Maninha Cavalcante participou de numerosas exposições no Brasil e no exterior, incluindo a mostra dedicada ao Surrealismo na América Latina, realizada no Bochum Museum de Colônia, na Alemanha, em 1993. Além de desenhos e pinturas, usando variadas técnicas de composição, a artista criou ilustrações para a primeira edição brasileira de Os Cantos de Maldoror, de Lautréamont, As Confissões de um Comedor de Ópio, de Thomas de Quincey, e Uma temporada no inferno, de Arthur Rimbaud. Em 1983, foi publicado pela Secretaria de Estado da Cultura, em co-edição com a Eugemix, um catálogo com reproduções de suas obras, intitulado Maninha, Desenhos e Pinturas. Reconhecida por importantes críticos de arte, sobre ela declarou Mário Schemberg: "Maninha é indiscutivelmente uma das grandes figuras artísticas brasileiras de sua geração, podendo ainda atingir pontos mais elevados e inesperados em sua obra, pela contínua transformação criativa de sua arte, que atualmente tende para um tipo notável de realismo mágico." Para José Roberto Teixeira Leite, "o desenho de Maninha é mais vigoroso do que propriamente sensível. (...) Podemos ver a marca de uma artista que sabe compor seus quadros, imprimindo-lhes uma tectônica, aprofundando planos, situando seus personagens em meio a uma atmosfera, envelopando-os em um estranho clima a meio caminho entre o primevo e a science-fiction." Para o poeta Claudio Willer, "há uma constante nos quadros de Maninha: quer representem eles rostos humanos, cenas ou colagens, se faz presente a tematização da transgressão, seja a transgressão da forma pela recusa do acabamento, ou a transgressão do comportamento, dos valores e ideologias pela sugestão da arte como prática perversa".

Nesta edição de Zunái, apresentamos um ensaio inédito sobre a artista, assinado por Carlos Figueiredo, e reproduções de pinturas recentes que ainda não foram colocadas em exposição.

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Leia Hirta em Êxtase, um ensaio de Carlos Figueiredo, e veja as telas

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