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CÉSAR VALLEJO
TRILCE, LX
Es de madera mi paciência,
sorda, vegetal.
Día que has sido puro, niño, inútil,
que naciste desnudo, las léguas
de tu marcha, van corriendo sobre
tus doce extremidades, ese doblez ceñudo
que después deshiláchase
en no se sabe qué últimos pañales.
Constelado de hemisférios de grumo,
bajo eternas américas inéditas, tu gran plumaje,
te partes y me dejas, sin tu emoción ambígua,
sin tu nudo de sueños, domingo.
Y se apolilla mi paciência,
y me vuelvo a exclamar: ¡Cuándo vendrá
el domingo bocón y mudo del sepulcro;
cuándo vendrá a cargar este sábado
de harapos, esta horrible sutura
del placer que nos engendra sin querer,
y el placer que nos DestieRRA!
TRILCE, LX
É de madeira minha paciência,
surda, vegetal.
Dia que tens sido puro, infantil, inútil
que nasceste nu, as léguas
de tua marcha, vão correndo sobre
tuas doze extremidades, esse vinco cenhoso
que depois desfia-se
em não se sabe que últimas fraldas.
Constelado de hemisférios de grumo,
sob eternas américas inéditas, tua grande plumagem,
te partes e me deixas, sem tua emoção ambígua,
sem teu nó de sonhos, domingo.
E se rói minha paciência,
e eu volto a exclamar: Quando virá
o domingo falastrão e mudo do sepulcro;
quando virá levar este sábado
de farrapos, esta horrível sutura
do prazer que nos engendra sem querer,
e o prazer que nos DesteRRA!
Tradução: Claudio Daniel
*
César Vallejo (1893-1938), poeta peruano de origem indígena.
Viveu na França a partir de 1923. Sua obra, de acentuada experimentação estética, abordou temas sociais e políticos de seu tempo, como a guerra civil espanhola. Publicou, entre outros títulos, Os arautos negros (1918), Trilce (1922) e
Poemas humanos (1939).
*
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e II) de César
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