GERALD
THOMAS
Teatro,
Mito e Metáfora
Gerald
Thomas é um andarilho em terras, tempos e símbolos,
que ele traduz no teatro como mito e metáfora. Sua
arte é também uma espécie de síntese
daquilo que sobrou da civilização moderna. Mergulhar
em seu universo é conviver com o paradoxo da existência,
movimento contínuo de energia em transformação.
O palco é o cenário dos ritos de vida e morte,
espetáculo de espelhos e contrapontos que nos mantêm
em permanente estado de perplexidade. Viajar no universo mítico
de Gerald Thomas é descobrir os nomes e as formas das
coisas em seu avesso, em todo o seu absurdo, numa veemente
representação de nossa triste época (em
ruínas), onde o espaço da Utopia é uma
avenida detonada em Nova York. No ambiente da desolação,
do caos conturbado, Dioniso (transfigurado) prossegue sua
jornada, fazendo do imaginário, da criação
estética, uma modalidade possível de resistência
ao império da banalidade.
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